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Maioria dos estudantes opta pelo sistema de ensino híbrido quando do retorno de aulas presenciais

Nove capitais brasileiras já estão vacinando pessoas a partir de 18 anos contra a Covid-19. Em São Paulo, Campo Grande, Manaus, Rio Branco, Macapá, Boa Vista, Belém, São Luís e Recife, todos os adultos com pelo menos 18 anos já estão aptos a receberem pelo menos a primeira dose.


Brasília ampliou a vacinação para pessoas com 18 anos ou mais desde terça-feira e no Rio de Janeiro a previsão é alcançar esta faixa etária amanhã, dia 20. Fortaleza também pretende estender a vacinação para todos os adultos também nesta semana.


São Luís, Manaus e Rio Branco, por outro lado, já começaram a vacinar a população acima de 12 anos. Algumas capitais ainda não alcançaram o público de 18 anos, mas estão bem perto, como Porto Velho, Fortaleza, Maceió e Natal.


A Prefeitura de Belo Horizonte, que estava com um certo atraso frente a diversas capitais, divulgou na última terça-feira (17), o cronograma de vacinação contra a Covid-19 para pessoas com até 18 anos de idade. A previsão é de que toda a população adulta da capital receba a primeira dose da vacina até o dia 4 de setembro.


Nota interessante é que Recife abriu cadastramento de crianças e jovens entre 02 a 17 anos de idade para se vacinarem contra a Covid-19. Apesar de ainda não existir autorização da Anvisa para tanto, a capital de Pernambuco foi a primeira do país a pensar uma possível vacinação de crianças contra a Covid-19.


A esse respeito, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já rejeitou o pedido do Instituto Butantan para o uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos alegando que, com as informações apresentadas, não foi possível concluir sobre a eficácia e a segurança da vacina nessa faixa etária e que, para prosseguir com a solicitação de inclusão de crianças e adolescentes na bula desta vacina, o Instituto precisa apresentar as informações pendentes e submeter à Agência um novo pedido.


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A decisão pela retomada de aulas presenciais nas IES cabe às autoridades sanitárias de cada região e envolve múltiplos fatores, obviamente, mas a expectativa, daqui a pelo menos 03 a 04 meses, é que tenhamos uma boa parte da população adulta imunizada contra a Covid-19 e os planos de abertura das portas destas instituições se tornam cada dia mais concretos.


Um sistema híbrido de ensino é esperado como regra geral e os alunos estão de acordo, bem como desejam ser ouvidos em relação a protocolos e planejamentos.


Há uma pesquisa recente a respeito da aceitação do ensino híbrido e nós já vamos repercuti-la; faremos apenas um aparte em relação a um estudo realizado em julho do ano passado, pelo observatório PrEpidemia, por meio de enquete em redes sociais, que concluiu que a preparação para a volta às aulas têm mais chance de sucesso se for pensada em conjunto com os envolvidos.


No caso, a pesquisa identificou a opinião de responsáveis por alunos matriculados nas redes pública e particular do Distrito Federal e revela que a preocupação das escolas não deve se restringir à aprendizagem do conteúdo específico de cada matéria, mas também à adoção adequada de medidas de proteção e atenção às emoções dos alunos desencadeadas pela pandemia.


A pesquisa da Educa Insights em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES)


Entre 28 de julho e 04 de agosto deste ano foi realizada pela Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), uma pesquisa que demonstra que a maioria dos estudantes brasileiros prefere o sistema de ensino no formato híbrido quando do retorno às aulas presenciais, mesclando aulas em sala de aula em alguns dias da semana e aulas online nos demais. A pesquisa foi divulgada no dia 10 de agosto e foi feita com estudantes matriculados em cursos presenciais de instituições de ensino superior privadas.


Em verdade, são 55% dos entrevistados os que preferem o modelo híbrido. Dentre esses, 38% pensam que essa modalidade deve atingir todas as disciplinas. Também dentre os estudantes que preferem o ensino híbrido, 52% entendem que a prioridade nas atividades em sala devem ser as aulas práticas.


A pesquisa nos mostra que 84% dos alunos pretendem renovar (ou já renovaram) a matrícula para o segundo semestre de 2021 e, neste caso, a evasão está pequena. Somente 1% disse não poder continuar frequentando o curso superior e o motivo principal alegado foi a perda de renda.


Contribuição das instituições de ensino


A pequena evasão dos estudantes se deve, com certeza, aos benefícios ofertados pelas instituições de ensino neste período de pandemia. O resultado da pesquisa informa que 76% dos estudantes receberam algum benefício para rematrícula, como desconto por antecipação da semestralidade, financiamento ou parcelamento, seguro educacional e curso livre ou de curta duração. Quase metade dos estudantes que receberam algum benefício obtiveram desconto por antecipação da semestralidade.


Lembrando que, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2019, divulgados em outubro de 2020 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), o segmento privado é responsável por 94,9% da oferta de educação superior do país, considerando as modalidades presencial e EAD.


No caso dos estudantes que já tinham recebido a primeira dose da vacina, 43% considera que todas as aulas podem ser escalonadas via sistema híbrido e 47% consideram que somente as práticas devem fazer parte do cronograma presencial no momento.


Quando o grupo analisado é de estudantes que ainda não haviam recebido nenhuma dose, apenas 34% concordavam em retornar às salas de aulas – ainda que pelo sistema híbrido - e 56% pensavam que apenas as aulas práticas deveriam retornar.


De todos os estudantes entrevistados, 37% tiveram emprego diretamente impactado pela pandemia e 13% afirmaram que os responsáveis pelo pagamento dos estudos talvez não consigam manter o pagamento em dia de agora em diante.


Além da questão das mensalidades, outros foram os motivos para a desistência das aulas: 23% têm medo de contaminação; 19% se sentem incomodados com uma suposta queda na qualidade do ensino na migração das aulas presenciais para remotas e 8% reclama falta de adaptação aos protocolos sanitários.


Foram, no total, 668 homens e mulheres, de todas as regiões do Brasil e matriculados em cursos presenciais.


Mudanças precisam ser abraçadas


Como já deixamos explícito em alguns textos nossos, as mudanças são necessárias - isso é fato - e bem-vindas. Nos últimos 30/40 anos o mundo passou por inúmeras e grandes transformações, mas o espaço escolar continua praticamente o mesmo.


Se há um momento propício para a construção do espaço para o ensino híbrido, esse momento é agora.


E a médio e longo prazo, com participação dos docentes e compromisso da instituição, há possibilidade de transformação do espaço da sala de aula rumo a um ensino híbrido definitivo, que pode nos levar a práticas pedagógicas bastante interessantes e efetivas.


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23 e 30 de agosto de 2021 | de 10 às 12 horas | Curso on-line


A Jacob's Consultoria e Ensino apresenta seu novo curso Regulação Educacional 4.0, que une a tradição de mais de 10 anos e uma metodologia atualizada, baseada em ensino híbrido. O evento une experiência prática e conhecimento atualizado das regras e princípios de Direito Educacional.


O programa apresenta as dimensões da avaliação e da regulação com enfoque nas recentes modificações envolvendo tecnologia, além disso trata do novo normal das instituições de ensino ao discutir temas relativos a contratos, proteção de dados e direito do consumidor.


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